CÃES ABANDONADOS: PROBLEMA ANTIGO

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CAESO cão é o melhor amigo do homem. O título já é milenar, mas há exceções. O grande número de cães abandonados pelas ruas da cidade – e a ausência de campanhas de vacinação contra raiva – tem preocupado a população patense. Infelizmente, nestas condições, estes animais se tornam uma ameaça real para crianças, adultos e idosos.

Além de representarem um risco físico, os cães também podem ser um poderoso vetor de zoonoses – doenças transmitidas de animais para o homem. Entre as zoonoses mais temidas, está a raiva – também conhecida como hidrofobia. Para o homem, a principal forma de transmissão da doença se dá pela mordedura de um animal, que foi infectado, geralmente por morcego, cão e gato.

Este não é um problema hodierno, mas uma situação que acompanha a cidade desde seus primórdios. Como exemplo, uma pequena nota publicada na edição de 03 de maio de 1942 do jornal Folha de Patos com o título Cães e Mais Cães aponta que a então Patos sem ainda o “de Minas” enfrentava alto risco com a quantidade de cães soltos nas ruas. Duas particularidades interessantes na nota: “As crianças… se dirigem ao trabalho e às escolas”, vislumbrando que naquele tempo as crianças também trabalhavam; “…um adulto pouco precavido que não anda com TRINTA pela cintura”, deixando evidente que fazia parte do cotidiano dos adultos trafegarem pelas ruas com um revólver na cintura:

A cidade está infestada de cães vagabundos, atingindo o seu numero a uma quantidade espantosa.

É urgente uma providência para cohibir o abuso.

Esta semana foi visto um cão doido, correndo pelas ruas.

As crianças tambem brincam à porta das casas, ou se dirigem ao trabalho e às escolas.

Certas pessoas que não aquilataram bem a extensão de seus direitos, julgam que estes vão até o ponto de lhes dar a faculdade de soltar pelas ruas, policiais, cabeçudos, caçadores, etc.

Este abuso torna-se um crime, quando se pensa que os cães são frequentemente atacados de raiva, e que podem ofender a uma criança, ou mesmo um adulto pouco precavido que não anda com TRINTA pela cintura.

Não sabemos q quem compete tomar a providência. Seja quem for, deve e precisa agir contra o abuso, acabando com a cachorrada solta…

É necessário agir.

* Fonte: Jornal Folha de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Fachionspill.com, meramente ilustrativa.

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