COLÉGIO POLIVALENTE E CSU: DUAS MARAVILHAS PERDIDAS

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ATEXTO: EDISON CORRÊA DA MOTA (2015)

Quando estudante secundarista entusiasmava em ler trechos simples sobre as maravilhas e feitos dos povos, como sobre a Acrópole, o Ateneu, o Coliseu, as Grandes Muralhas, o Colosso de Rodes, as Pirâmides, e a Biblioteca de Alexandria, e também sobre o Atlas que carregava o Globo sobre a cabeça. Penso também que somos pequenos Atlas a carregar nosso mundo na cabeça. Faço estas alusões para dizer de duas maravilhas que perdemos.

1º – Da filosofia e objetivos do antigo Colégio Polivalente que era tratar do ensino formal e técnico de alunos em tempo integral. Hoje continua bom Colégio mas só com ensino formal e em parelha comum com os outros.

A Federação está tentando implantar ensino técnico e formal inclusive em parceria com o sistema Ss e outros, por todo nosso vasto território e também propõe implantar ensino em tempo integral. Penso que para isso nossos colégios locais terão de reduzir o número de alunos ou duplicar os espaços físicos e professores.

Tivesse Patos continuado com o Polivalente, estaríamos hoje bem adiantados em treinos e experiências.

2º – Quero referir a filosofia e objetivos do CSU (Centro Social Urbano) na sua implantação.

Tempos e tempos esperamos ansiosos a sua conclusão e por isso criticávamos o prefeito da época, meu amigo e professor. Por fim estive presente na sua inauguração onde um rico empresário de Uberlândia, então secretário e representando o Governo de Minas, entregou o CSU ao município de Patos para servir todos os bairros vizinhos, onde até hoje tem pouca presença governamental (exceção do ensino).

Entra e sai administração, faz cerca e desmancha cerca, O CSU foi ficando meio abandonado. CSU, belo presente que meu município de Patos recebeu e todos nós e autoridades ganhamos. Agora dizem que devolveu ou vamos devolver novamente para o Estado e para usá-lo em segurança. Segurança é outra coisa ou setor, apesar que muitos defendem que o cerne da segurança está na área social.

O Município para mim neste caso está parecendo um menino levado, que no Natal ganhou ótimo presente e três dias depois o joga fora. Não entendo o município de Patos não ser capaz de usar o CSU no seu espaço físico e filosofia social de quando da sua implantação.

Terá outros espaços assim? Como reivindicar mais construções ao Estado se devolvemos o que ganhamos? Pergunto aos nossos governos legais como administradores.

Patos de Minas, 5 fevereiro de 2015.

* Fonte: Texto publicado com o título “Duas maravilhas perdidas” na edição de 28 de fevereiro de 2015 do jornal Folha Patense.

* Fotos: A maior, do arquivo de Dácio Pereira da Fonseca, o CSU em construção em janeiro de 1981; a menor, do jornal virtual Patos1, autoria de Vanderlei Gontijo, o estado da instituição em 23/01/2013.

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