ESTÁDIO MUNICIPAL QUE NÃO VEIO, O

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DSC02654 - CópiaConforme informações colhidas junto ao Executivo patense, a Prefeitura já adquiriu o terreno onde pretende construir o Estádio Municipal de Patos de Minas. A área de 18 hectares se localiza nas proximidades do Bairro Novo Horizonte, margeando com a Avenida Marabá. O Prefeito Arlindo Porto prefere ainda não definir um prazo para o erguimento do estádio, alegando que é muito difícil fazer uma previsão sem conhecer ainda o montante de recursos que precisarão ser aplicados no projeto de concretização deste sonho dos desportistas patenses.

O Prefeito Arlindo Porto dá, com a aquisição do terreno e o anúncio da construção do Estádio Municipal, um drible nas críticas surgidas a partir de sua decisão de não destinar verba municipal para a URT (departamento de futebol profissional). O chefe do Executivo mostra assim que está de olho no esporte e que prefere canalizar os recursos desta área para uma obra que irá beneficiar todo o futebol amador de Patos de Minas, especialmente aqueles clubes que hoje não disputam os campeonatos da Liga Patense de Desportos (LPD) por não possuírem um local para a realização de seus jogos.

Desde 1985, a atual administração, atendendo uma reivindicação dos desportistas locais, vem colocando no orçamento municipal recursos para a aquisição do terreno. “Este ano, nós encontramos uma área que entendemos ser a área ideal para a construção de um estádio”, observa o prefeito, explicando que a proposta inicial era de que fosse adquirido o terreno, para que se fizesse um projeto e, posteriormente, com os primeiros passos dados, talvez o próximo prefeito pudesse executar a obra de construção.

A área adquirida pelo poder público patense custou Cz$ 1.800 mil e, conforme afirmou Arlindo Porto, já está totalmente paga com recursos exclusivamente do município. Ele informou que esteve na SELT (Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo), juntamente com Bernardo Rubinger e José Mendonça de Morais, mantendo contato com aquele órgão do governo estadual no sentido de obter do Estado o projeto de construção do estádio.

Ao comentar a não destinação de verbas para a URT em 87, o que gerou um comentário do radialista Teles da Silva de que em matéria de esporte sua administração é um “zero à esquerda”, o prefeito lembrou que no dia 9 de julho de 1985 foi agraciado com um Diploma de Honra ao Mérito, “pelos relevantes serviços prestados à URT”, como ele próprio leu no título, assinado pelo então Presidente Rui Medeiros e Armando Mendes, Presidente do Conselho Deliberativo da Veterana.

Arlindo Porto explicou que as providências com relação ao Estádio Municipal não possuem qualquer relação com o caso da URT, “uma vez que os recursos já estavam previstos no orçamento municipal”. Seja qual for o motivo que levou o prefeito a agrupar os recursos do esporte para o projeto (hoje ainda um sonho em vias de se realizar) do estádio, a verdade é que o futebol amador de Patos de Minas poderá ser o grande beneficiado, com o renascimento de vários clubes que estão parados por falta de campo para mandar seus jogos.

Apenas para citar algumas agremiações que se beneficiarão, lembramos o Rosarense, Colorado, Paranaíba da Vila Operária, Estrela Vermelha, Real Lagoa, Corinthians, Santa Rosa e Guarani. Com a construção do Estádio Municipal de Patos de Minas, certamente o nosso futebol amador voltará a ser disputado por equipes patenses bastante competitivas, tirando de Olaria, Mamoré e Vila (da Vila Garcia) o peso de terem que representar sempre a cidade no esporte amador.

Às equipes “sem campo” pouco, ou nada, interessa os motivos – políticos – de comentários vindos ora de um, ora de outro lado. O que seus diretores desejam é voltar à pratica do futebol, impedida há cerca de quatro ou cinco anos por uma decisão dos clubes que possuem seus próprios estádios de não os alugarem em hipótese alguma.

NOTA: A Revista da Administração Arlindo Porto Neto – 1983/1988, na coluna Projetos em Execução, destacou algumas obras que estavam em execução, entre elas a do estádio: O Estádio Municipal, com capacidade de 20.000 pessoas, dotado de todos os requisitos necessários e atendendo às técnicas exigidas para tal, numa área urbanizada de 60.000 m², em terrenos da Fazenda Lajinha (antiga Chácara do Seminário), adquirido pela Administração Arlindo Porto. Na mesma coluna, há um desenho (foto) de um projeto sem a indicação da autoria.

* Fonte: Texto publicado com o título “De Olho no Esporte” e subtítulo “O Estádio Municipal, antiga reivindicação dos desportistas patenses, já possui local definido para a sua construção” na edição n.º 155 de 31 de janeiro de 1987 da revista A Debulha, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

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