ORIGEM DA FAMÍLIA SANTANA

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Anos atrás, José Eduardo Barbosa, então Conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal, se encontrou com o senador Magalhães Pinto no aeroporto da Pampulha, que lhe contou o seguinte: “Você é um legítimo descendente dos Araújo de minha terra. Seu tetravô Joaquim de Araújo era primo de minha mãe Maricota. Portanto, somos também primos. E acrescentou: o sobrenome Santana só passou a existir a partir de 1821, com o nascimento de seu bisavô, Joaquim José de Santana, filho de Joaquim de Araújo, descendente de numeroso clã de Santo Antônio do Monte – os Araújo e os Pacheco. A troca de Araújo para Santana, ou Sant’Anna, se deveu a promessa feita por seus ancestrais, em honra a Nossa Senhora de Santana”.

Filho de Joaquim de Araújo, Joaquim José de Santana foi um combativo vereador, o segundo representante de Patos à Câmara Municipal da então Vila de Nossa Senhora do Patrocínio (o primeiro foi Antônio José dos Santos e Formiguinha). É considerado, por isso, um dos principais responsáveis pela emancipação política da cidade e uma das mais importantes personalidades patenses no século 19.

Nascido em 26 de janeiro de 1821, Joaquim José de Santana exerceu, de fato, a liderança política de Patos, de meados do século 19 até sua morte, em 05 de janeiro de 1875, após o que foi esse comando disputado por duas tradicionais famílias: os Maciel e os Borges.

Joaquim era pessoa muito responsável. Cidadão sério e sisudo. Elegante, dotado de compleição física robusta, viajava constantemente em lombo de burro, em comitiva com seus serviçais, muitos deles negros escravos, e os tratava com urbanidade e carinho. Além das constantes viagens a Patrocínio, para participar das sessões da Câmara Municipal, e a Ouro Preto, levando as petições e reivindicações dos patenses, visitou algumas vezes o Rio de Janeiro, sede da Corte, para contatos com os políticos da época.

Foi casado com Amélia Augusta de Santana, deixando três filhos: Américo José de Santana, Joaquim José de Santana e José de Santana (Juca), que tinha apenas 26 dias de nascido quando o pai faleceu. Dona Amélia casou-se depois com o professor Eliezer Nephtali de Oliveira, natural de Itapecerica, que faleceu em Patos em 23 de maio de 1921, depois de criar os três filhos adotivos. O casal não deixou filhos.

Américo José de Santana nasceu em 25 de abril de 1870 e faleceu em 26 de janeiro de 1936. Era casado com Elvina Uchoa de Santana e morava na Rua General Osório nº 100. O casal deixou 10 filhos, 30 netos, 76 bisnetos e 57 trinetos. Filhos do casal: Amélia Augusta de Santana Melo (Neném), Epaminondas Brasileiro de Santana (Sinhô), Maria Santana de Andrade (Lica), José Santana Sobrinho, Vicente José de Santana, Diva Augusta de Santana Nogueira, Ângelo José de Santana, Afonso José de Santana, Geraldo José de Santana, Christovam José de Santana.

Joaquim José de Santana Filho nasceu em 30 de agosto de 1871 e faleceu em Belo Horizonte em 02 de junho de 1933. Era casado com Joanita Djanira de Santana. Residia na Rua Dr. Marcolino. Além de oito filhos, o casal deixou 31 netos, 67 bisnetos e 51 trinetos. Filhos do casal: Gaspar José de Santana, Vicente José de Santana, Fábio José de Santana, Anair José de Santana, Baltazar José de Santana, Laura Djanira de Santana, Belchior José de Santana e Artur Bernardes de Santana.

José de Santana (Juca) nasceu em 10 de dezembro de 1874 e faleceu em 07 de dezembro de 1954. Casado com Mariana Augusta da Silva (Sinhá). Deixaram 10 filhos, 34 netos, 69 bisnetos e 17 trinetos. Filhos do casal: Aparício José de Santana, Odorico José de Santana (Ducuca), Amélia Augusta de Santana Barbosa, Maria Aparecida Santana Soares (Cota), Nadir Augusta Santana Costa, Lincoln José de Santana, Geraldo José de Santana, Joaquim José de Santana (Chotonho), Eliezer José de Santana (Zeca) e Maria da Conceição Santana Borges (Fia).

* Fonte: Projeto Famílias Tradicionais Patenses, Etapa 96: Caixeta e Santana, em texto de José Eduardo Barbosa.

* Foto: Familiasantana2.xpg.uol.com.br.

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