LYSÂNEAS DIAS MACIEL − FALECIMENTO

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O Brasil perdeu dia 6 de dezembro, um de seus mais combativos políticos. Faleceu no Rio de Janeiro, onde exercia o mandato de vereador, Lysâneas Maciel. O ilustre político era natural de Patos de Minas, integrante da família Maciel, de cuja árvore nasceram grandes nomes, como presidente Olegário Dias Maciel, Major Jerônimo Dias Maciel (1º prefeito de Patos de Minas), Coronel Farnese Maciel, Ataualpa Dias Maciel, Jaques Maciel, Agenor Maciel, Ataliba Dias Maciel, Antônio Dias Maciel, Dona Risoleta Maciel, Deputado Federal Leopoldo Maciel entre tantas outras pessoas que se projetaram em Patos, no Estado e no País.

O Dr. Lysâneas Maciel era filho do professor Antônio Dias Maciel (que dá nome à Escola Normal) e Dona Ordália Pinto Maciel. Era neto do coronel Farnese Maciel (um dos grandes líderes políticos de Patos de Minas e do Estado), e Adelaide Caixeta Maciel. Ainda moço mudou-se para o Rio de Janeiro, destacando-se no cenário político nacional. A revista Veja traz em sua edição de 15/12/99 (página 181) uma nota sobre esse ilustre patense, falecido em 06/12/99, que aqui transcrevemos em homenagem póstuma justa e extensiva à família Maciel, que tanto tem feito por Patos de Minas, pelo nosso Estado e pelo País.

“Sem truculência nem armas na mão, o advogado mineiro Lysâneas Maciel travou luta ferrenha em defesa dos direitos humanos num dos períodos mais conturbados da História recente do Brasil. Duas vezes deputado federal pelo antigo MDB, ele foi um dos fundadores do grupo Autênticos do partido. Em 1º de abril de 1976 foi cassado pelo AI-5. O motivo, o discurso em defesa de dois colegas de partido, cassados dias antes. A conseqüência, dois anos de exílio em Genebra, na Suíça. Lá, integrou a Comissão de Direitos Humanos e Refugiados da ONU. Com a abertura, ele retornou em 1978. Filiou-se primeiro ao PT e disputou o governo do Rio de Janeiro nas eleições vencidas por Leonel Brizola. Eleito deputado constituinte pelo PDT em 1886, Maciel ocupava havia três anos uma cadeira na Câmara Municipal do Rio e se empenhava em combater as privatizações promovidas pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Recentemente, presidiu duas CPIs. Numa delas investigou a responsabilidade pelos blecautes no Estado e na outra analisou o projeto da prefeitura que autoriza a construção de prédios com mais de 100 metros de altura. Internado desde o final de setembro, Maciel morreu na segunda-feira passada, aos 72 anos, vítima de câncer no estômago”.

NOTA: Lysâneas Dias Maciel é filho de um dos integrantes da tradicional família Maciel de Patos de Minas, Professor Antônio Dias Maciel (Toniquinho), que deu nome à Escola Normal. Outros representantes da família com este nome podem causar confusão. Toniquinho era filho de Farnese Dias Maciel, que teve um irmão de nome Antônio Dias Maciel Júnior (Tonho), ambos filhos do patriarca que chegou a Patos de Minas em 1858, Antônio Dias Maciel, o Barão de Araguari. Com seu nome temos a Praça Antônio Dias e o Hospital Regional.

* Fonte: Texto publicado na edição de 18 de dezembro de 1999 do jornal Folha Patense, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Ogolpemilitar.vix.com.

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