VAN TURCO

Postado por e arquivado em ANIMAIS DE COMPANHIA, GATOS, RAÇAS.

VAN TURCOPesando entre 3 a 8 quilos e podendo alcançar 15 a 20 anos de vida, o gato Van Turco é originário das regiões do lago de Van (Turquia), situado ao lado do monte Ararat. Acredita-se que a sua origem venha dos gatos da raça Angorá turcos que foram aos poucos se adaptando àquela região diferenciada. É certamente uma das poucas ou quase únicas raças naturais do mundo, onde somente a natureza teria sido responsável por realizar esta bela seleção, sendo raro até mesmo em seu país de origem e considerado um tesouro regional. Muitas vezes chamados de gato nadador, seu amor pela água provavelmente tem ligação com seu local de origem, uma vez que tinha como base da sua alimentação peixes retirados do lago e rios próximos. Embora a afinidade com a água seja uma característica da raça, nem todos necessariamente gostam de nadar.

A raça chegou a Europa no final do século 19. Foi somente no ano de 1955 que a fotógrafa inglesa Laura Lushington começou a realizar uma criação em série a partir de um casal que ela ganhou em uma viagem à Turquia. Em 1982 a raça chegou aos Estados Unidos, através de dois criadores, Barbara e Jack Reark, que trocaram seus gatos Balineses por Van Turcos de uma criadora francesa. Logo a raça foi reconhecida pelas instituições felinas como a TICA, no entanto algumas instituições ainda o vêm como uma variação do Angorá.

O Van Turco é um gato ativo, brincalhão e sociável. É independente, mas ao mesmo tempo um companheiro afetuoso e quase possessivo com o seu dono. Pode viver bem dentro de apartamento, adaptando-se bem a todos os ambientes, mas uma vida numa casa com jardim e acesso a água o deixa mais a vontade. São gatos que exigem atenção de seus humanos favoritos, no entanto não gostam de serem “perseguidos” por eles. Ou seja, o Van Turco é um gato que prefere ir até você, pois não gosta de ser pego no colo, e nem mesmo de abraços apertados, podendo até mesmo dar uma boa mordida em quem fizer isto com ele. Portanto, não é uma raça indicada para conviver com crianças. Ele irá demonstrar seu afeto esfregando a cabeça em sua perna.

Por ser muito ativo, brinca com tudo, desde um pedaço de papel, a chave do carro, uma água que ficou acumulada em algum lugar. Estas atividades faz com que ele gaste bastante energia e precise de uma alimentação que seja substancial para o seu tamanho. É fácil ser treinado tanto para buscar como para trazer objetos. É ótimo escalador, portanto não se surpreenda ao encontrá-lo sentado em cima de portas, móveis ou armários. Em alguns casos ele pode ser muito agressivo com outros gatos, e as fêmeas poderão até mesmo serem agressivas com os machos durante o acasalamento, podendo em algumas vezes até mesmo o dificultar.

Seu corpo é maciço com constituição robusta; os ossos são fortes e a musculatura é bem desenvolvida. A cabeça é média para grande sendo igualmente comprida e larga, onde se forma um desenho especial com duas manchas ruivas separadas por uma listra branca, formando um V invertido. As maçãs do rosto são altas, o focinho é arredondado, cheio e o nariz apresenta um leve stop. As orelhas possuem inserção alta, são grandes e com pontas arredondadas. Seus olhos são grandes com formato que lembra uma noz, pouco oblíquos e as cores aceitas são azul, âmbar ou dispares; a cor verde é também aceita, apesar de ser preferível a coloração âmbar.

A pelagem varia de semi-longa para longa; o pelo é sedoso, impermeável e sem apresentar subpelo. A cor é branca com manchas na base das orelhas que são separadas por uma linha branca e nas patas posteriores que podem se estender até a ponta da cauda. As manchas são geralmente de cor ruiva ou creme, mas algumas instituições aceitam outras cores. As patas posteriores são um pouco maiores do que as anteriores; os pés são redondos com pelos interdigitais. A cauda deverá ter o formato de um penacho e é completamente ruiva e ter no mínimo 5 cm.

A raça possui uma saúde de ferro, e um dos poucos problemas que são associados a este gato é a surdez em exemplares de olhos azuis, que acontece em um ouvido, ou em gatos que tem coloração dos olhos diferentes, que podem ser surdos dos dois ouvidos. O único mal existente de origem genética conhecido é o chamado Pectus Excavatum, um problema de coluna que gera uma angulação incorreta das costelas, pressionando assim o pulmão e o coração, podendo provocar fortes dores no peito e em casos mais graves levar o animal a óbito. Existem tanto tratamentos como cirurgias que poderão resolver este tipo de problema.

* Fontes: Cachorrogato.com.br, Estacaoarmenia.com.br, Fofuxo.com.br.

* Foto: Tudogato.com.

Compartilhe