7.ª CÂMARA MUNICIPAL – 07/01/1887 A 08/07/1890

Postado por e arquivado em CÂMARAS, PODER LEGISLATIVO.

Em sessão extraordinária de 04 de agosto de 1886 foram apurados os resultados das últimas eleições realizadas ainda no período imperial. O mais votado foi Manoel Gonçalves Pinheiro, com 47 votos.

Na sessão de 03 de janeiro de 1887, o Juiz de Direito da Comarca comunica que anulou as eleições da freguesia de Santana, realizadas em 1.º de julho de 1886. Esta decisão deve ter tirado muitos votos do candidato Manoel Gonçalves e de outros, como Sesóstris Dias Maciel (44), José Soares Rodrigues (20), Cornélio José dos Santos (20) e Eduardo Ferreira de Noronha (20). Afinal, quem tomou posse como presidente e chefe do Executivo, na sessão de 07 de janeiro de 1887, foi Antônio Zacharias Álvares da Silva, que havia obtido 20 votos:

Antônio Zacharias Álvares da Silva, Cornélio José dos Santos, Eduardo Ferreira de Noronha, José Soares Rodrigues, Manoel Gonçalves Pinheiro, Olympio Borges e Sesostris Dias Maciel.

Antonio Zacharias se mudou de Patos em 29 de setembro de 1888 e sua renúncia ao cargo de vereador realizou-se na sessão de 07 de janeiro de 1889 a eleição da nova mesa diretora, cabendo a presidência ao vereador Sesóstris Dias Maciel (Major Gote) e a vice-precidência a Eduardo Ferreira de Noronha. Na sessão de 21 de janeiro foi proclamado vereador João Antônio Borges para a vaga deixada pelo Dr. Zacarias.

No dia 15 de novembro de 1889, a monarquia brasileira foi derrubada e a República foi proclamada. Com a mudança de governo, houve um pequeno espaço de tempo em que o país ficou sem Constituição e foram criadas Intendências.

O vereador Sesostris Dias Maciel, em 09 de dezembro de 1889, já proclamada a República no Brasil, apresentou a seguinte indicação: Indico que esta Câmara faça a sua adesão ao Governo hoje estabelecido conforme a redação que foi aprovada. Posta em discussão e votos foi aprovada contra o voto do vereador Olympio Borges que, na sessão de 12 de dezembro, se declara contrário à República e exonera-se da Comissão de Redação, recebendo voto de louvor pelos serviços prestados.

Na sessão de 28 de janeiro de 1890, o vereador Olímpio Borges diante das circunstâncias exortou: “Proponho que a Câmara solicite ao Governador do Estado a sua dissolução e nomeação de uma intendência composta dos seguintes cidadãos: Antônio Zacarias Álvares da Silva, Alferes Daniel Alves Beluco, Antônio Batista Leite Mendes, José Constantino de Freitas e capitão Arthur Tomaz de Magalhães. Colocada em discussão, a proposta foi aprovada contra os votos  de Sesostris Dias Maciel e Eduardo Ferreira de Noronha.

Em 07 de abril de 1890, a Câmara se declara extinta em face do ofício do Governador do Estado, oficialmente confirmada em 08 de julho de 1890.

* Fonte: Uma História de Exercício da Democracia – 140 Anos do Legislativo Patense, de José Eduardo de Oliveira, Oliveira Mello e Paulo Sérgio Moreira da Silva.

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