SAUDE DA MULHER – 1913

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O Laboratório Daudt & Lagunilla foi fundado pelo Dr. João Daudt Filho ainda no reinado de D. Pedro II em Santa Maria Boca do Monte, atual Santa Maria (RS). Em 1894 registrou o seu primeiro produto farmacêutico comercializado no Brasil: o Bora Borácica, um cicatrizante que foi sucesso por mais de 100 anos. Em 1904, Daudt Filho mudou-se para o Rio de Janeiro, onde construiu uma unidade industrial no centro da cidade. Nesse período, Daudt Filho teve, em seu círculo de amizades, grandes personalidades, intelectuais e políticos, como Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos e Getúlio Vargas.

Em 1906 o laboratório lançou o produto Saúde da Mulher. O medicamento, uma espécie de tônico, tornou-se parte da estratégia de propaganda da empresa através da publicação da revista interativa (na época, “interativa” era a participação dos leitores pelo envio de cartas e engajamento em promoções e concursos) Almanaque Saúde da Mulher, que circulou nacionalmente até 1974 e alcançou tiragens históricas de 1,5 milhão de exemplares.

Como em todo o Brasil, o Saude da Mulher também fez sucesso em Patos de Minas e anúncios do produto eram constantemente veiculados nos jornais, como no exemplo da foto, que afirma:

A Saude da Mulher é um remedio prodigioso para curar incommodos de senhoras, em qualquer edade. Combate as suspensões, flores-brancas, colicas uterinas, hemorhagias, irregularidades menstruaes e em casos de rheunatismo, as melhoras se manifestam ás primeiras doses. – Laboratório Daudt & Lagunilla. Rio –

E havia até testemunho:

Snrs. Daudt & Lagunilla
Tenho a grata satisfação de communicar a VV. SS. Que fiz uso do escellente preparado A Saude da Mulher e com 5 vidros fiquei completamente restabelecida de uma antiga colica uterina que me fazia soffer desde muito tempo. Larangeiras (Sergipe). 3 de Maio de 1909 – Maria José Calazena.

* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.

* Foto: Anúncio publicado na edição de 24 de agosto de 1913 do jornal O Commercio do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

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