Falleceu, nesta cidade, no dia 2 do corrente, e foi sepultado no mesmo dia, o phco. Agenor Maciel, solteiro, filho da viuva do Cap. Jeronymo Maciel – a Exma. Snra. D. Etelvina Maciel.
Exerceu durante longos annos, a sua profissão, distinguindo-se pelo seu raro pendor para as sciencias medicas, as quaes cultivava com carinho.
Apezar de não receber, aqui, o estimulo dos grandes centros, Agenor Maciel dedicou-se á bacteriologia, fazendo no seu modesto laboratorio innumeras pesquizas indispnesaveis ao diagnostico medico.
Modesto, de uma simplicidade encantadora, Agenor Maciel foi um cidadão estimado não somente pelos que com elle privaram, mas ainda pelos que conheceram a sua reputação de homem infenso ás transgressões da ordem e da Justiça.
Homem de aprimorada cultura e de solidas convicções, Agenor Maciel deixa uma grande lacuna em nosso meio a que elle muito serviu sem os alardes proprios dos monopolisadores de patriotismo que por ahi pavoneiam sua importancia duvidosa. Poucos bem poucos terão ao despedir-se deste mundo a aureolar-lhes o nome, as qualidades que recortavam as linhas de seu perfil de homem concentrado e bom.
A’ sua desolada mãe, aos seus irmãos as nossas sinceras condolencias e ao povo de Patos os nossos sentimentos de pezar pelo desapparecimento de um de seus mais distinctos filhos.
* Fonte: Texto publicado com o título “Phco. Agenor Maciel” na edição de 06 de junho de 1926 do Jornal de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.
* Foto: Velório de Agenor Dias Maciel, do livro Patos de Minas Retratada: seu Espaço, seu Povo, sua cultura – Coordenação Geral: Prof. Dr. Geovane Fernandes Caixeta, publicada em 24 de junho de 2016.
