CORREIO MOROSO EM 1926

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TEXTO: JORNAL DE PATOS (1926)

Vimos solicitar do Sr. Administrador dos Correios uma providencia energica no sentido de facilitar a nossa correspondencia com os outros Municipios do Triangulo.  Cartas e jornaes gastam oito e mais dias de Uberaba, Araguary, Estrella do Sul, Monte Carmello e de Patrocinio até aqui. Vivemos em contato mais directo com o Rio e com Bello Horizonte, de que com qualquer das Cidades visinhas. Este estado de cousas acarreta para o Municipio grandes prejuizos porque traz como consequencia inevitavel o retrahimento prejudicial de todas as relações quer de ordem particular, quer de ordem commercial, quer de ordem politica. Porque o governo não exige desses arrendatarios de linhas de automoveis, por preços modicos, o transporte de malas em trechos como o de Sant’Anna a Patrocinio, facilitando assim o intercambio entre as duas cidades?

Uma carta gasta de seis a oito dias de Patos á Patrocinio. Um absurdo. Mesmo passando por Catiara, a correspondencia poderia sahir d’aqui e chegar a Patrocinio no dia seguinte, isto porque o automovel chega á Catiara muito antes de passar o trem para Patrocinio e vice versa: o trem sahe de Patrocinio ás 5 horas da manhã e passa por Catiara muito antes do automovel partir para esta cidade.

Ora, se houvesse malas directas d’aqui para Patrocinio ou se houvesse um entendimento entre as duas municipalidades, para regularizar este serviço, teriamos removido um grande embaraço ás rápidas relações entre as duas Cidades e conquistado um optimo melhoramento.

Esperamos que o caso seja examinado e resolvido com a devida presteza, evitando, assim, o grande atrazo tão prejudicial com que tem aqui chegado a correspondencia do triangulo.

* Fonte e foto: Texto publicado com o título “Uma Medida Que se Impõe” na edição de 09 de maio de 1926 do Jornal de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) da Unipam.

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