SEM RIMA

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Argeu e Albino fazem parte do folclore de Patos de Minas.

Enquanto viveram, eram considerados os maiores “biriteiros” do município. Além disso, eram amicíssimos. Inclusive, quando a Argeu morreu, o Albino bebia dobrado, ou seja, para os dois.

Numa noite em que estavam em seu estado normal – embriagados – o Argeu propôs uma brincadeira com seu inseparável amigo:

– Albino, hoje vamos conversar rimando as palavras. Topa?

Albino, que já estava tonto, não entendeu a brincadeira.

– Rimando, como?

Então o Argeu deu o exemplo:

– Rima por rima, comi a sua prima.

Quase que deu em “sopapos”. O Albino ficou furioso, porque ele confiava nas primas. E foi um custo para controlar situação. Mesmo assim, insatisfeito, o Albino fez a sua rima:

– Rima por rima, comi a sua irmã.

O Argeu, muito vivo, não aceitou a resposta, porque não havia rima. Entretanto a Albino continuou:

– Não rima, mas que eu comi eu comi!

* Publicado em “Patos de Minas – Histórias que  até parecem estórias…”, de Donaldo Amaro Teixeira e Manoel Mendes do Nascimento (1993).

* Foto: Natrilhadocastelo.com.

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