SPHYNX

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O surgimento desta raça é dividido em dois capítulos. No primeiro, corria o ano de 1966 quando uma gata pariu uma ninhada com a presença de um gatinho totalmente nu, sem pêlo algum. Isso se deu em Ontário, no Canadá. O caso foi classificado como alopécia hereditária recessiva. Aparentemente, surgia uma nova raça de gatos. Depois de alguns cruzamentos, em 1970 a Cat Fanciers Association (CFA) concedeu um título provisório à raça, denominada “Canadian Naked” (Canadense Nu). Este título provisório foi mantido por apenas um ano, pois a CFA detectou vários problemas de saúde e dificuldades de criação. Os técnicos acreditavam que o gene associado à falta de pêlo fosse letal. Resultado: fim de linha para o Canadense Nu.

O segundo capítulo começou nos EUA em 1975, quando gatinhos sem pêlo começaram a nascer. Vários criadores trabalharam a raça, usando descendentes de Pearson e Devon Rex, até que se mostrou confiável. Deram-lhe o nome de Sphynx (espinge) por causa da semelhança com a grande esfinge de Gizé, no Egito. Mesmo com a “alopecia hereditária recessiva” presente nos genes como o “Canadense Nu”, o Sphynx não apresentou os mesmos defeitos que aquele. Por isso, em fevereiro de 1998, a CFA o registrou como raça reconhecida.

Quem se depara com o Sphynx pela primeira vez se espanta com seu aspecto bizarro. Acostumadas com o visual dos felinos, a falta de pêlos e as características da raça realmente causam estranheza inicial às pessoas. A cabeça é angulosa, de forma triangular, com a fronte plana, com rugas e as maçãs do rosto bem salientes; nariz  largo, curto e com stop bem definido; olhos grandes em forma de limão, um pouco oblíquos, bem espaçados e com um olhar muito expressivo. Todas as cores são admitidas. Orelhas grandes, bem afastadas e largas na base, com os bordos arredondados; patas longas, finas e musculosas, com os pés ovais de dedos longos, com almofadas bem espessas; pele o mais nua possível (sem bigodes), com uma textura que lembra a camurça ou a pele do pêssego, quente ao toque e muito agradável de acariciar, com rugas no pescoço, peito e patas. Só são admitidos pêlos na base das orelhas, nariz, ponta da cauda e testículos. O ventre é cheio e redondo, como depois de uma refeição farta; cauda longa e afilada; temperatura do corpo em torno de 39ºC, dando a impressão de febre; peso variando entre 3,6 a 5,4 kg. A expectativa de vida varia entre 15 a 20 anos.

Uma característica negativa no Sphynx é a ausência de bigodes, que são importantes no sentido de equilíbrio dos felinos. Por causa disso ele é um pouco desajeitado, se desequilibra facilmente e apresenta dificuldade em escalar lugares altos (procure não deixar objetos quebráveis no seu caminho). Mas parece que ele não está nem aí, pois adora acrobacias e brincadeiras. É um animal extremamente dócil e apegado ao dono, chegando a ser possessivo (costuma ter ciúmes de outros animais). É sociável, inteligente, adora carinhos. Quando o dono chega em casa procura imediatamente a sua companhia com demonstrações de alegria. É um gato ideal para apartamentos.

Os gatos têm por hábito lambarem os pêlos para se manterem limpos, o que é complementado por uma escovação diária do dono, evitando, com isso, banhos frequentes. Como os pêlos estão ausentes no Sphynx, há de se ter alguns cuidados com sua pele. A necessidade de banhos varia de acordo com o espaço onde ele vive, podendo ser um por semana, a cada 15 dias ou até a cada mês. O importante é usar produtos neutros próprios para gatos, evitando ressecamento da pele. Evite longas exposições ao sol direto, pois pode causar-lhes queimaduras graves. Os canais lacrimais devem ser limpos com uma loção ou soro fisiológico, pois produzem uma geleia acastanhada. As orelhas devem ser limpas uma vez por semana, pois criam um cerúmen castanho; isso ajuda a evitar problemas com otites.

Com relação ao ambiente, as mesmas regras em relação às demais raças devem ser seguidas, como água limpa à vontade, ração de primeira qualidade e caixa de areia. Há uma importante particularidade: o Sphynx tem dificuldade de beber água em vasilhas; eles preferem se saciar em alguma bica. Recomenda-se, portanto, acostumá-lo a beber água de determinada torneira quando for aberta.

* Fontes: Gatto, de Bruno Varesi; Wikipédia.

* Foto: Webspace.webring.com.

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