COELHO ANÃO

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Durante muito tempo o coelho foi classificado como roedor, da Ordem Rodentia, como os ratos, camundongos e castores, que têm os dentes bem adaptados para roer. Mais recentemente transferiram o coelho para a Ordem Lagomorpha. A diferença é que o coelho tem um par de pequenos dentes atrás dos compridos dentes incisivos superiores, enquanto os roedores não possuem estes dois pequenos dentes. Então, que fique muito bem claro, o coelho não é mais classificado como roedor.

O Coelho Anão costuma ser mais inteligente do que seu parente maior. Ele responde mais ao ambiente e ao dono, mostrando-se bastante apegado aos humanos que lhe cercam. Também difere do outro por ser muito mais dócil e carinhoso, e até responder a alguns comandos. Pode ser de diversas cores, com pelos longos ou curtos, orelhas altas ou baixas e olhos também de muitas cores. Não precisa de vacinas, pode viver até 8 anos, é silencioso e tem um baixo custo de manutenção.

Muitos optam por criá-lo solto dentro de casa ou no quintal, mas é preciso tomar muito cuidado com essa opção. É recomendável que ele só fique solto sob supervisão, ou quando alguém puder dar atenção e interagir com ele. Além do mais, deixá-lo dentro de casa pode ser perigoso pela quantidade de objetos que o coelhinho pode roer, especialmente fios. Já no caso do lado de fora, é preciso considerar fatores como sol, chuva, umidade, vento e predadores maiores. Ele também corre o risco de consumir grama ou plantas em excesso, se tiver acesso a uma horta, por exemplo, e isso alterará sua dieta. Por todos esses motivos, é recomendado que ele seja colocado em gaiola ou cercadinho.

A gaiola de metal recomendada tem medidas entre 90 e 120 cm de largura e 60 cm de profundidade. Deve ser forrada com feno, ter caminha ou toca, bebedouro de bico e comedouro, de preferência amarrados, de material que ele não possa roer. Deve ter um repartimento em baixo para que a urina e as fezes caiam nesse repartimento, evitando que o coelhinho tenha contato com seus dejetos. A limpeza deve ser feita diariamente para evitar doenças e contaminação da comida ou da água. A higienização geral deve ocorrer uma vez por semana (sem o animal presente), trocando o feno e limpando com água e sabão. As vasilhas de ração e de água devem ser limpas a cada três dias, aproximadamente. É conveniente peneirar a ração para evitar a poeira dos grãos, o que vai facilitar a limpeza e evitar alergias respiratórias.

No primeiro mês e mais um pouquinho o filhote deve ser amamentado. Tenha certeza de estar adquirindo-o de um criador que respeite o tempo de desmame. Só assim ele construirá sua imunidade e estará forte o bastante para sobreviver. Depois de desmamar, ele se adapta a uma dieta de rações específicas, seguindo as indicações de cada marca. Nos adultos, essa quantidade costuma ser de, aproximadamente, 100 a 150 gramas por dia ou de 1/8 xícara para cada 2,5 quilos do coelho. Esse valor diário pode ser dividido em duas refeições. Feno e alfafa podem ser fornecidos à vontade, desde que seja observado de perto que ele não está comendo apenas isso e deixando a ração de lado. O ideal é ir acrescentando os dois aos poucos, de acordo com o crescimento.

Quanto às verduras, espinafre, couve, repolho, abobrinha e rúculas, por exemplo, são boas opções. Cenoura e beterraba, com moderação. Legumes como milho, tomate, alface ou batatas não são bem digeridos. Quanto mais verduras o coelhinho consumir, mais forte é o cheiro da urina. No caso das frutas, só ficam proibidas as cítricas, mas mesmo os outros tipos devem ser bem restritos. As frutas podem elevar muito o nível de açúcar no sangue, causando diabetes, cáries e obesidade, e também amolecem as fezes. A alimentação básica pode ser dividida mais ou menos assim: 60% – feno, 20% – verduras, 15% – ração, 4% – frutas, 1% – petiscos.

Outros cuidados a serem tomados incluem não deixar que qualquer alimento fique úmido, oferecer água à vontade e dar brinquedos para que ele desgaste os dentes. Como estes não param de crescer, ele sempre estará em busca de algo para roer. Cuide para que não sejam brinquedos de madeira de pinos, pedra de cálcio ou outro material inofensivo, já que ele pode engolir o que estiver roendo. Não o deixe entrar em contato com a urina, o que pode levar ao desenvolvimento de graves doenças. As mais comuns entre elas são diarreia (caso a urina esteja contaminada com alguma bactéria ou caso a alimentação do animal esteja inadequada) e micose ou sarna no corpo/orelha (caso a urina esteja contaminada com algum fungo). Banho somente em extrema necessidade, com água morna e produtos neutros, protegendo o ouvido. Secar muito bem. Se tiver o pelo longo, é muito importante escová-lo duas vezes por semana de modo a evitar a formação de nós.  Com a escovação, esse pelo é removido, evitando que o animal desenvolva problemas intestinais pela ingestão dos pelos. As unhas devem ser cortadas quando necessário.

Para adestrar o coelho a fazer as necessidades na caixinha específica, coloque feno apenas neste local no começo. Assim ele procurará a caixinha para comer e fará as necessidades por lá. É importante mantê-la sempre limpa. Mesmo adestrados, se o banheirinho estiver muito sujo, eles não vão lá fazer o xixi. A urina tem um cheiro de amoníaco muito forte. Para amenizá-lo, utilizar um granulado higiênico de madeira, visto que este, além de possibilitar fácil limpeza, absorve o cheiro, impedindo que ele contamine o espaço. A urina também mancha o piso e muitas vezes o detergente convencional não consegue remover totalmente a mancha. Nesse caso, passe limão puro em cima da mancha e aguarde um instante para limpar novamente.

Sobre reprodução, com apenas 12 semanas ele atinge a maturidade sexual e a gestão dura em média 30 dias. Cada coelhinha anã pode ter até 3 ninhadas anualmente e de cada ninhada podem nascer 3 filhotinhos. É muito importante tomar cuidado para não ter um número muito grande de coelhinhos em casa em pouco tempo. É importante informar-se convenientemente com um entendido no assunto.

* Fonte: Coelhodeestimacao.com.br.

* Foto: Coelhodeestimacao.com.br e Encontrospet.com.br.

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