ELOGIO À MULHER EM 1910

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TEXTO: GODOFREDO BARSEL (1910)

Depois de concluidas as maravilhas da creação, Deuz quis ainda formar uma criatura que resumisse, em seu todo, o que de melhor existia no creado, e assim formou a mulher, a obra prima de seu poder.

Em seus cabellos collocou a maciez do arminho; em seus olhos, a ternura da rola; em sua bocca, o perfume das flôres; em seus labios, a cor do rubi; em suas faces, o avelludado das petalas de rosa; e em seu peito… Deus, não achando no universo nada que fosse digno de occupar aquelle logar, collocou uma particula de seu proprio coração.

Ah! E por isto o coração da mulher é um thesouro de maravilhas.

Virgem, esposa ou mãe, a mulher, em toda parte, è merecedora de nosso culto.

Virgem, a mulher se assemelha aos anjos, por sua candidez e formosura.

Esposa, ainda se assemelha aos anjos tutelares, porque nos guia sempre no mare magnum d’esta vida ingrata.

Mãe, a mulher se assemelha ao proprio Deus, porque a uma mãe, não existiu e nem existirá jamais quem possa igualar, a não ser o mesmo Creador.

De todas as mulheres, a mãe é que faz vibrar mais fortemente as fibras de nosso coração; e por isto, Deus tinha necessidade de primar na creação da mulher, para que de uma d’ellas podesse nascer seu dilecto Filho, o meigo Jesus.

A mulher é, pois, o resumo dos primores da creação e, por isso, prestamos-lhe sempre um culto especial.

* Fonte: Texto publicado com o título “A Mulher” na edição de 04 de dezembro de 1910 do jornal O Commercio, do arquivo da Hemeroteca Digital do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, via Altamir Fernandes.

* Foto: Pinterest.pt.

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