ANGICO VERMELHO RESISTENTE NO BAIRRO ALTO DOS CAIÇARAS

Postado por e arquivado em 2018, DÉCADA DE 2010, FOTOS.

A construção tradicional brasileira tem na madeira o seu material mais nobre. No período colonial, os trabalhos em madeira seguiam desde a rica expressão artística até a construção de casas da população humilde. No Cerrado da região onde surgiu Patos de Minas, uma árvore de excelente madeira pesada e prolífica na produção de sementes de fácil germinação foi de fundamental importância para o desenvolvimento do núcleo habitacional: o Angico Vermelho (Anadenanthera macrocarpa). No madeiramento das casas, nos fogões, nas cercas urbanas e rurais, na medicina fitoterápica e outras, o Angico foi sistematicamente caçado. Apesar da facilidade de produção e germinação das sementes, o machado foi mais veloz. Assim, como morrendo mais pessoas do que nascendo, a árvore foi se escasseando, até que chegou aos tempos atuais agonizando, com algumas nativas resistentes à especulação imobiliária, como é o caso dessa heroína localizada ao lado da Rua Major Gote, entre suas colegas Capitão Américo Santana e Carvalho, no Bairro Alto dos Caiçaras. Infelizmente, ela e suas companheiras mangueiras ao lado já estão com o cruel destino traçado.

* Texto e foto (25/03/2018): Eitel Teixeira Dannemann.

* Fonte: José Antônio Dias.

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