BAIACU AMAZÔNICO

Postado por e arquivado em ANIMAIS DE COMPANHIA, PEIXES.

O Baiacu Amazônico (Colomesus asellus) é distribuído em grande parte da bacia Amazônica no Brasil, Colômbia, Peru e Equador. Pode chegar a 13 cm de comprimento com expectativa de vida de 5 anos. Ocorre em bancos de areia, praias, lagos de planície inundado, bancos com vegetação pendente e corredeiras rápidas sobre rochas e pedras. É maioritariamente encontrado em águas com níveis elevados de oxigênio. Bastante adaptável, penetra afluentes do alto do Amazonas e Orinoco, embora não frequente ambiente de água negra. Encontrado principalmente em córregos de água doce, mas pode tolerar água levemente salobra.

Conhecido no comércio de peixes ornamentais como Baiacu Amazônico e Baiacu Sul Americano. Dentro do gênero difere de seus congêneres por apresentar uma única fila transversal de retalhos térmicos em todo seu queixo, ausente nas demais espécies do gênero. Possuem a capacidade de inflar seu estomago elástico com água ou ar quando ameaçado, tornando-se duas ou três vezes maior que seu tamanho original, o suficiente para afugentar muitos predadores em potencial, tornando difícil de ser engolido. É um dos poucos peixes que podem piscar ou fechar os olhos, além de sua boca ser similar a um bico formado por fusão de duas placas de dentes em cada mandíbula que é utilizada para triturar e esmagar invertebrados que possuem conchas carbonatadas.

Criado em aquário com dimensões mínimas de 80 cm de comprimento e 30 cm de largura, pH de 5.5 a 7.6, Dureza de 5 a 15 e temperatura: 22°C a 28°C, devendo deixar espaços abertos para nadarem, pois é uma espécie bastante ativa. É muito sensível à deterioração das condições da água, pelo que são necessárias mudanças regulares de água parciais. É pacífico, mas inadequado para aquário comunitário em geral. Irá mordiscar a nadadeira e escamas de outros peixes, principalmente peixes com longas nadadeiras e de natação lenta. Peixes menores serão comidos. Forma naturalmente cardumes livres e seu comportamento se mostra mais natural quando mantido em pequenos grupos. Opte em manter em número de cinco ou mais, se manter em dupla ou trio poderá haver perseguições severas ao mais fraco do grupo.

Ovíparo, sabe-se que sua reprodução é semelhante aos baiacus marinhos, em contraste com outros tetraodontídeos, com alta fecundidade, ovos pequenos e não ocorre o cuidado parental. Estudos limitados na bacia central da Amazônia sugerem que a desova ocorre em canais de rios principais ou perto de bancos nas bocas de lagos e afluentes de planície inundadas, durante períodos de águas altas (inundação). As larvas pelágicas são criadas em lagos de planície inundada onde eles completam seu desenvolvimento, retornando aos canais de rio quando as águas de inundação retrocedem. O dimorfismo sexual é pouco evidente por meios externos.

Onívoro, em seu ambiente natural se alimenta de moluscos, crustáceos e outros invertebrados, secundariamente de plantas e detritos. Em cativeiro pode não aceitar alimentos secos, devendo ser fornecido alimentos vivos e congelados. Fornecer regularmente caramujos e mariscos com casca dura (ex. patas de caranguejo, camarões, etc.) para gastar seus dentes, uma vez que eles crescem continuamente podendo trazer problemas em longo prazo para a saúde do peixe. Pode-se ainda usar areia calcária fina no substrato, o qual os dentes do peixe serão gastos através da mastigação de alimentos capturados no substrato junto com a areia.

* Fonte e foto (Enrico Richter): Texto de Edson Rechi, em Aquarismopaulista.com.

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