COMPRA DE VOTOS EM 1950

Postado por e arquivado em ARTIGOS.

TEXTO: JORNAL O PATENSE (1950)

Patos de Minas nas eleições passadas deu provas de sua educação política, apresentando um pleito democratico. Dois candidatos que tinham como única arma grangear votos, promessas. O que foi eleito, a custa de sacrifícios, cumpriu e vem cumprindo o que prometeu, garantindo ao candidato atual de seu partido, vitória. O partido vitorioso não faltou às promessas com o povo e não faltará. Os demais deviam fazer o mesmo, algo pelo povo para merecer dele um voto consciente.

Infelizmente nada fizeram e suas armas para conseguir votos são: suborno, dinheiro, promessas absurdas – irrealizaveis porque jamais tiveram em suas mãos o governo e não têm pratica para tanto. Comprar votos é crime. Propor a um cabo eleitoral contrario permuta de votos é vergonhoso.

Admira-me, tal se vem dando com um respeitável senhor e veterano na política, quer eleger o “rapaz” nem que seja a custa de dinheiro. Não se importando qual seja o partido da pessoa. Quer é o voto para o rapaz. O proponente, pela experiencia dos anos, certificou-se que não se ganha com promessas e quer ver se com dinheiro elege-o.

Ainda está errado meu senhor. Procure outro método de propaganda. Se o seu voto não tem valor, o do eleitor ainda tem. O seu crime em compra-lo é maior que o do vendedor.

* Fonte: Texto publicado com o título “Crime dos Politicos” na edição de 24 de setembro de 1950 do jornal O Patense, do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho.

* Foto: Caminhoseveredastk.blogspot.com.

Compartilhe