ÁLCOOL COMBUSTÍVEL DO CORONEL FARNESE, O

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Em 05 de julho de 1942, o jornal Folha de Patos publicou o artigo Ação, Ação e Ação! referente ao prejuízo dos agricultores por causa da escassez de gasolina no Município em consequência da Segunda Guerra Mundial: A resposta está em toda boca, em cada esquina, em cada encruzilhada de estrada, em casa de fazenda, em cada choupana de roça. Não há transporte, não há gazolina para abarrotar os tanques dos caminhões que fazem circular a nossa riqueza¹. Mas enquanto os patenses sofriam com o fato, uma cabeça pensante já estava burilando algo para, pelo menos, resolver o seu problema. A constatação está nessa pequena matéria publicada no mesmo jornal poucos dias após, exatamente em 09 de agosto:

O feito do Cel. Farnese Maciel tomando a iniciativa de fabricar alcool combustivel, com aparelhamento primitivo por êle mesmo desenhado e construido merece especial registro nesta hora de falta de transporte por carência de gasolina.

O velho fazendeiro não se deixou vencer pela falta de combustivel, e homem de ação tratou de resólver o problema com os recursos locais. Com pequenas modificações no seu alambique de fabricar cachaça, deu inicio a fabricação do alcool para a sua caminhonete. O Dr. Moacir Viana que é sempre o entusiasmo em pessoa, não poude acreditar na vitoria da iniciativa do velho lutador. Logo, porem, verificou que se enganara pois que viu e andou na caminhonete movida com alcool fabricado pelos processos primitivos, e verificou mais uma vez que o velho chefe não pararia por tão pouca cousa.

O Dr. Moacir Viana quer que todos os imitem, e que os fabricantes de cachaça resolvam a transformar os seus alambiques em pequenas fabricas de alcool, para livrar o município de sua mais seria apertura. A “Folha de Patos” registra o fato, e faz suas as palavras do diretor do Campo de Sementes da Cascata.

* 1: Leia “Escassez de Gasolina Prejudica a Lavoura em 1942”.

* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.

* Fonte: Jornal Folha de Patos do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho, via Marialda Coury.

* Foto: Arquivo Público Mineiro.

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