JOSÉ LIBÂNIO DA ROCHA ATÉ 1981

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Pais: Libânio Silvério Rocha e Zamira M. Rocha.
Esposa: Marlene M. Mutti P. Rocha.
Filho: Diogo Libânio P. Rocha.
Colégios: Primário: Grupo Escolar Marcolino de Barros.
Ginásio: Internato Dom Lustosa e Internato Perdizes/MG.
Científico: Colégio Cristo-Rei em Uberaba.
Superior: Economia (Universidade de Brasília − UNB).
Curso Extensão Superior: Direito Internacional, Relações Políticas e Comerciais entre os Países Membros do Mercado Comum Europeu − França − Holanda − Inglaterra.

Realizações Profissionais

Basicamente sua vida profissional sempre girou, como ocorre até o presente, em torno da atividade agro-pecuária, no Ministério da Agricultura.

Inicialmente como Assessor para assuntos de orçamento e finanças na área do MA, onde teve a oportunidade de percorrer todos os Estados Brasileiros implantando e colocando em prática os preceitos da Reforma Administrativa, consubstanciada no Decreto-Lei 200/67. Em 1976, no exercício da função de Assessoramento Superior do Gabinete do Senhor Ministro, foi designado para atuar junto ao Fundo Federal Agropecuário, órgão também integrante da estrutura do Ministério, e encarregado de administrar projetos específicos  de interesse rural.

Importância de seu trabalho no desenvolvimento da Agropecuária Brasileira

O Desenvolvimento da Agropecuária Nacional, naturalmente se faz através do esforço de milhares de servidores, dentre os quais se inclui o Dr. José Libânio da Rocha, seguindo as diretrizes políticas e as prioridades estabelecidas para o setor pelas autoridades de primeiro escalão, esses esforços são conjugados, cada um contribuindo anonimamente com sua parcela de sacrifícios e, dentro deste anonimato tem ele, pessoalmente, procurado corresponder aos anseios do produtor rural através da análise e pareceres favoráveis aos Projetos de real interesse do homem do campo.

O que pensa de Patos no momento atual

Como patense que carrega na memória a imagem e no coração o amor por essa querida terra, sempre julgou Patos como um enorme potencial comunitário.

Infelizmente, por circunstâncias impostas pelo exercício das atividades profissionais, muitos são os conterrâneos que se vêm, compulsoriamente, emigrados para outras localidades, por carecer, ainda, a cidade, de estrutura necessária à absorção de mão-de-obra técnica-especializada.

Entretanto, em termos atuais, em suas visitas periódicas a Patos, tem observado com grande satisfação, e até com certa surpresa, o grande desenvolvimento que a cidade vem apresentando no que se refere à parte urbana. Em termos econômicos e sociais, observa-se que a mentalidade tradicionalista, não mais condizente com o momento atual, cede lugar a uma abertura que só tem a ver com o desenvolvimento da cidade. Extrapolando as observações para a área rural, não há como negar as evidências de que o homem do campo de nosso município vem se articulando de acordo com as modernas técnicas de exploração, como bem demonstram os projetos que estão sendo executados em termos realmente empresariais, e que tem dado ao município projeção que bem merece.

Há que se lamentar, entretanto, que tantas potencialidades não tenham, ainda, despertado nas autoridades o incentivo para a atração de empresários para a implantação de um polo industrial, ou mesmo entre os próprios empresários rurais o interesse na instalação de agro-indústrias que seriam, realmente, fatores econômicos geradores de maiores lucros, maior suporte para os cofres públicos, bem como fator de inibição da evasão dos técnicos da terra, pelo que representaria em oportunidade em termos de empregos.

Um outro aspecto que diz respeito diretamente ao município, e que nos leva a outra lamentação, é o que consiste na prática de uma política altamente revanchista, sabida e comprovadamente o maior entrave para o desenvolvimento de uma comunidade. No seu entender dever-se-ia dar maiores oportunidades e votos de confiança aos candidatos da terra para representação junto à esfera Estadual e Federal e, após as disputas naturais do processo competitivo deveria haver uma conjugação de forças que, impessoalmente, se dirigisse para o bem comum do município.

Fundação da Rádio Diamante de Coromandel

A criação de uma emissora de rádio sempre foi a aspiração de seu irmão Carlos, que desde criança revelou pendores para as comunicações, tendo sido “prefixado” como Rádio-Amador bem jovem.

A idéia amadureceu quando de seu retorno de Manaus, onde por cinco anos exerceu atividades congêneres, e julgou Coromandel como um grande epicentro de irradiação, por ser um município localizado numa região em franco progresso e não dispor de um veículo de comunicação capaz de atender, sobretudo ao setor rural, às exigências da informação moderna dos acontecimentos locais, nacionais e internacionais, muitas vezes de difícil acesso, seja por falta de equipamento adequado, seja por falta de programação e linguagem accessível e compatível com as necessidades e preferências daqueles ouvintes.

Baseados nesses elementos, e no apoio das autoridades e no entusiasmo do povo Coromandelense, conseguiu-se a concessão junto ao Ministério das Comunicações, e hoje nos orgulhamos de estar colocando nos ares da região uma programação de acordo com os reclamos dos sintonizadores da Diamante. Por uma questão de justiça deve-se salientar que o êxito do empreendimento se deve, administrativamente, ao seu mano Antônio, e tecnicamente ao mano Carlos.

Lembranças marcantes de sua juventude em Patos

Sua juventude em Patos foi marcada por fatos que sempre guarda como os melhores de sua vida. Tantos foram que acha até um pouco difícil fazer distinções. Desde os tempos do Marcolino de Barros, às primeiras incursões nos meios sociais e sentimentais, são lembranças realmente vivas e marcantes, que tem certeza, se possível fosse, reviveria tudo com redobrado prazer.

* Fonte e foto: Texto publicado na coluna Conterrâneo Ausente com o título “Dr. José Libânio da Rocha” e subtítulo “Funcionário do Ministério da Agricultura em Brasília. Fundador e Diretor da Rádio ‘DIAMANTE’ de Coromandel” na edição n.º 19 de 28 de fevereiro de 1981 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.

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