CÃES VADIOS − 1907

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Eis um problema insolúvel. Em 1908, o jornal O Trabalho anunciou: Sr. Fiscal, mais um pouco de bôa vontade, escecute a lei que manda extinguir a canxoada, e terá prestado relevantissimo serviço aos habitantes desta cidade¹. Em 1915, o jornal O Riso anunciou: Ouve-se diariamente nas ruas e praças da cidade um infrene ladrar de cães, quando não o seu uivar tetrico e pavoroso, produzindo em nossos nervos choques tremendos, dolorosa electricidade². Em 1942, o jornal Folha de Patos anunciou: O grande número de cães abandonados pelas ruas da cidade – e a ausência de campanhas de vacinação contra raiva – tem preocupado a população patense. Infelizmente, nestas condições, estes animais se tornam uma ameaça real para crianças, adultos e idosos³. Em 1967, o Jornal dos Municípios anunciou: A gente não pode andar tranqüilo. Está sujeito a ser ofendido a qualquer momento por um dêsses animais. Além do mais algum pode estar atacado pela raiva e aí a coisa fica pior4. Em 1996, o jornal O Tablóide anunciou: Praça do Mercado, 18:00 horas, uma cadela no cio sobe pela Rua Padre Caldeira e é seguida por uma legião de machos, que vez por outra brigam entre si pelo direito de se aproximar da pretendida, colocando em risco a segurança de quem passa por perto3. Em 2015, o jornal Patos Já anunciou: A grande quantidade de cães abandonados nas ruas de Patos de Minas, continua sendo alvo de reclamações. Relatos de pessoas indignadas com a situação tem sido cada vez mais frequentes3. É, é mesmo um problema insolúvel, desde os remotos idos tempos, nenhuma autoridade consegue sanar esse grave problema de saúde pública. Aqui, apenas mais um exemplo de 1907.

* 1: Leia “Violência e Cães de Rua em 1908”.
* 2: Leia “Cães de Rua em 1915¨.
* 3: Leia “Cães Abandonados: Problema Insolúvel”.
* 4: Leia “Trânsito, Meninos e Cachorros em 1967”.

* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.

* Foto: Anúncio publicado na edição de 14 de abril de 1907 do jornal O Trabalho, do arquivo da Hemeroteca Digital do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, via Altamir Fernandes.

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