1.º ANIVERSÁRIO DO JORNAL “O TABLÓIDE”

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No dia 1.º de maio de 1996 circulava a primeira edição de O Tablóide. No princípio, o novo jornal não representava mais que uma simples terapia ocupacional, um passatempo divertido que tinha como objetivo colaborar para o completo restabelecimento físico de seu criador. E o número 01, então, foi apresentado ao público no formato que até hoje lhe justifica o nome, suas doze páginas recheadas com um material de leitura interessante, divertido e curioso, obedecendo desde o início ao desejo de acompanhar uma linha editorial que colocava a informação, a orientação, a cultura e o lazer como pontos de destaque na sua atividade jornalística.

A primeira edição serve, portanto, como marco inicial de um longo caminho que começou a ser percorrido sem outra intenção que não a de andar pela estrada, apenas. Mas já no primeiro passo sentimos que a caminhada poderia levar a algum lugar, e que se disciplinássemos a marcha, cadenciando as passadas pelo comando do bom senso e pela preocupação com a qualidade, o trajeto para a capital dos bons resultados poderia ser coberto com tranqüilidade , sem desgaste. E foi assim, então, que fizemos desde o princípio, dando a O Tablóide a característica peculiar que lhe assegura, hoje, a preferência entre os leitores de todas as idades em nossa cidade.

Os colaboradores

Os primeiros dias foram difíceis e muitas foram as dúvidas que apareciam a cada momento. A busca de uma identidade, de um estilo, de uma característica própria e totalmente inovadora para os padrões de imprensa escrita do interior, sempre foi uma constante em nossos esforços. Mas as interrogações teimavam em aparecer a cada providência adotada. Será que a matéria vai despertar interesse? Seu estilo não está muito pedante e rebuscado? Será que vamos encontrar quem aprecie tal tipo de leitura? Como vamos conseguir pagar o jornal?

Mas o apoio veio, na hora certa e na medida exata. A primeira pessoa a quem procuramos, Emérito Ferreira dos Santos, amigo antigo, imediatamente postou-se ao nosso lado. Vieram em seguida os outros assinantes, dezenas e dezenas deles, velhos amigos, parentes, conhecidos e desconhecidos, fortalecendo e injetando doses elevadas de otimismo no projeto que engatinhava. As condições eram precárias e por isso o tempo tornava-se escasso: uma pequena máquina portátil desgastada pelo uso, algumas folhas de papel, muitas idéias no cérebro e uma vigilância constante da mulher e filhos do paciente em recuperação.

A família ajudou na medida do possível: a esposa Alda e a filha Tânia correram ruas e ruas dos bairros próximos anunciando a novidade, os genros Toninho e Evaldo saíram à procura de assinantes. Muitos acudiram ao chamamento e se tornaram parceiros no empreendimento. A primeira publicidade veio do outro amigo, o Joaquim, da Prodog, herdeiro de um relacionamento quase cinquentenário com seus pais, tios e irmãos. O formato do jornal nasceu da criatividade de uma diagramadora, Cláudia Maria Pereira, que de quebra ainda “bolou” a logomarca tão simpática e tão marcante. Depois vieram o filho Fernando Jr. e sua esposa Linda e se abraçaram ao projeto em andamento.

As mudanças

Com todo esse apoio o jornal cresceu e por causa disso começamos a trazer para dentro de casa a responsabilidade das edições quinzenais. A diagramação foi entregue ao Fernando Jr., que já tinha aprendido a arte com a competente Cláudia. Em razão disso começamos a verificar o pulso da publicação e de seus leitores. Editamos algumas edições do suplemento “Contar Histórias”, que se transformou em um sucesso absoluto. Passamos a remeter o jornal para assinantes residentes em quase todo o Brasil, de Belém do Pará a Porto Alegre, e então os elogios se transformaram em uma constante no nosso dia-a-dia. Criamos posteriormente o suplemento Criancice, aceito de imediato pelos meninos e meninas de nossa terra.

Mas sempre tivemos consciência de que O Tablóide ainda está muito distante do ideal, razão pela qual passamos a lutar para suprir suas deficiências, empenhados no esforço do aprendizado. Sim, por que até hoje estamos aprendendo uma nova lição a cada dia, e temos a humildade de confessar que precisamos de mais, muito mais, para alcançar o ponto ideal, que é o de dar à cidade um jornal que represente com competência o valor e a pujança de nossa região.

A equipe

Por essa razão passamos a procurar quem se dispusesse a marchar conosco em busca do objetivo final. Trouxemos primeiro a Daniela Silva, nossa secretária e responsável pela área de recepção, atendimento a clientes, despacho e controles ligados à área administrativa; veio depois o Sebastião Xavier, a quem entregamos a responsabilidade pelo nosso Departamento de Assinaturas; mais tarde chegou a Simone Marques, a quem está afeta a parte jornalística.

Nos próximos dois meses teremos outros mais e só aí, então, estaremos com a equipe completa, pronta para a reta final que nos conduz ao pódio. O Tablóide, até o final do ano, deverá alcançar o patamar pretendido por todos quantos enxergam nele uma publicação honesta e imparcial, lúcida e competente, satisfatória e promissora. Se ele é hoje o jornal de todos os patenses, amanhã, sem dúvida, estará transformado no porta-voz dessa região pródiga e acolhedora que tanto enobrece e dignifica Minas Gerais e o Brasil.

* Fonte e foto: Texto publicado com o título “Parabéns para o ‘Nosso’ jornal” e subtítulo “A família O Tablóide esta soprando a sua primeira velinha” na edição n.º 29 de 03 de maio de 1997 do jornal O Tablóide, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann.

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