PEQUINÊS

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O Pequinês é pequenino, compacto e encorpado. Possui a parte dianteira do corpo grande e alargada, e a traseira estreita. O crânio é relativamente grande, as orelhas minúsculas, próximas da cabeça e têm uma espécie de franja que se junta ao restante da pelagem. O pelo é espesso, extenso, reto e um pouco áspero, e precisa ser escovado regularmente e bem seco após banho. A pelagem em volta do ânus precisa sempre ser inspecionada com o objetivo de não amontoar impurezas. Em relação à tosa, aconselha-se somente em regiões quentes. O peso ideal para os machos não excede os 5 kg, e no caso das fêmeas, 5,5 kg. Diferente da maioria das raças, o macho é um pouco menor do que a fêmea. Ele tem uma enorme inclinação a roncar. Os problemas de saúde mais comuns são oculares, de doenças como a catarata juvenil até irritação por causa do pelo, distiquíase, atrofia progressiva da retina e “olho seco”.

É uma das raças mais antigas do mundo. Acredita-se que tenha mais de 4 mil anos. Reza a lenda que o Pequinês apareceu como o fruto do amor impossível de um leão por uma pequena macaca. Desesperado de amor, o leão foi solicitar conselhos à divindade Hai Ho que, diante do seu desespero, ofereceu uma alternativa: sacrificar o seu tamanho em nome do amor à macaca. O leão concordou e assim teria se originado o Pequinês, com o tamanho, astúcia e ternura da mãe e a coragem e dignidade do pai. Na China Antiga, só os soberanos podiam ter um cão Pequinês. Eles viviam dentro da Cidade Proibida. Era visto como o cachorro sagrado e os registros de nascimentos eram organizados pelos monges no Livro Imperial dos Cães. Na ocasião em que o imperador morria, o cão era morto.

A chegada dos Pequineses nos países ocidentais foi resultado do saque realizado ao Palácio Imperial em Pequim pelas forças britânicas em 1860. Vários membros da realeza da China preferiram matar seus Pequineses a deixar os cachorros nas mãos de forasteiros. Dos cinco cães sobreviventes achados pelos ingleses, todos de colorações diferentes, o de duas colorações (castanho e branco) foi concedido para a Rainha Victória ao regressar para as terras inglesas. O primeiro critério da raça surgiu em 1898 e o primeiro clube da espécie foi estabelecido na Inglaterra no ano de 1904. No Brasil, nos anos 60, o Pequinês era a raça mais comum entre as de companhia. A espécie sofreu impressionante descaracterização, não somente física, entretanto, especialmente, relativo à saúde e ao temperamento. E como resultado desta descaracterização, a raça quase se extinguiu depois de 10 anos.

Uma das principais características do seu comportamento é a “altivez”. Bastante autossuficiente, vai requerer de seu dono tolerância e disciplina. Possivelmente essa seja a característica que explique o motivo, de acordo com a classificação do especialista Stanley Coren, em seu impresso “A Inteligência dos Cães”, da espécie ocupar somente a septuagésima terceira colocação. No geral, ciumento e teimoso, costuma se dar bem com as pessoas e também com outros animais, e é considerado um dos cachorros mais preguiçosos do mundo. Sendo propriedade exclusiva da Corte do Império da China, sempre muito mimado, venerado e digno, era, e até os dias atuais continua sendo, um bom guardião de seus proprietários.

É tido como um excelente cão de alarme, mesmo que sejam bastante conhecidos por ignorarem os indivíduos que não façam parte de seu dia-a-dia. Porém não deixa de ser um cachorro que se torna um excelente amigo, especialmente para crianças ou pessoas que ficam mais solitárias e que moram em lugares pequenos, como em apartamento. Todavia, é intensamente emotivo e apenas realiza as atividades que acha interessantes e apenas quando realmente quer.

Muitas pessoas parecem ser da opinião de que os pequineses não precisam realmente se exercitar, mas isso não é inteiramente verdade. Todos os cães precisam de exercício para manter um bom tônus muscular e prevenir a obesidade. De qualquer forma, os pequineses ficarão felizes em dar uma volta no jardim, se é o que corresponde ao estilo de vida do dono. Claro, a maioria vai ficar mais do que feliz de ir para uma caminhada. Também deve ser lembrado que eles conseguem mover-se muito rapidamente quando querem, por isso mantenha-o com uma coleira durante os passeios fora de casa.

* Fontes: Apcl.com.br e cachorrogato.com.br.

* Foto: Racasdecachorro.com.br.

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