MEXERICA

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O peixe Mexerica (Etroplus maculatus) é originário da Ásia. Etroplus é o único gênero nativo no continente asiático e atualmente é composto somente por três espécies. Enquanto E. canarensis frequenta exclusivamente água doce e está restrito regionalmente a este ambiente, E. maculatus e E. suratensis são eurialinos (vivem em estuários de rios, onde a salinidade varia de acordo com as marés) e ocorrem em diversos tipos de ambiente.

Espécie de forma oval com nadadeiras translúcidas. A coloração varia de acordo com humor do peixe e o ambiente, podendo variar do laranja pálido ao vermelho. Espécimes selvagens possuem coloração verde oliva e raramente são encontrados no aquarismo, ao contrário de variedades ouro e laranja, obtidos através de cruzamento seletivo.

Alcança até 8 cm de comprimento e vive de 3 a 5 anos. O aquário deve possuir água salobra e volume de pelo menos 100 litros, com substrato arenoso e vegetação densa, o que será bastante apreciado pelo peixe. Muitos o mantém em água doce, mas isso costuma diminuir a sua expectativa de vida e não permite que sua coloração atinja o amarelo mais intenso, além de, praticamente, acabar com todas as chances de se conseguir êxito em sua reprodução em cativeiro. O ideal é manter um casal, mas caso não seja possível, deve-se manter mais de três exemplares, pois em números menores podem ocorrer perseguições constantes. Rochas e plantas podem ajudar a diminuir as disputas por território. Não há grandes restrições quantos aos demais peixes que irão dividir o aquário com os Mexericas, só é necessário que não caibam em sua boca e tenham as mesmas exigências quanto aos parâmetros da água.

A reprodução em água salobra com os parâmetros próximos aos ideais não é difícil. Recomenda-se colocar de seis a dez indivíduos num aquário e observar a formação dos casais, assim que isso acontecer, estes devem ser separados num aquário só para eles. A desova costuma ocorrer em alguma pedra ou superfície lisa e o tempo de eclosão poderá variar de três a seis dias, dependendo da temperatura e salinidade da água, quanto mais quente, mais rápido os ovos eclodem. Assim que isso acontecer, os pais deverão transferir os filhotes para algum buraco cavado por eles no substrato ou toca em pedras ou troncos. Os pais se encarregam de cuidar dos filhotes e ficam bastante agressivos com tudo que se mova próximo à eles. O sucesso do desenvolvimento dos alevinos está diretamente ligado à salinidade da água. A alimentação dos filhotes poderá ser feita através de micro vermes, náuplios de artêmia, entre outras coisas, sendo que num aquário com densa vegetação, a chance deles se desenvolverem é bem maior devido à oferta de alimento oferecida pela rica microbiologia.

Onívoro (têm o aparelho digestivo adaptado a metabolizar diferentes tipos de alimentos), em seu ambiente natural alimenta-se de larvas e ovos de peixes, pequenos invertebrados aquáticos, plantas e secundariamente algas. Em cativeiro aceitará alimentos secos e vivos sem dificuldades, devendo ser fornecido alimentos vivos e matéria vegetal regularmente se possível.

Não existem diferenças notórias em seu dimorfismo externo. Eventualmente existem descrições que atribuem aos machos uma cor mais forte assim como um tamanho ligeiramente superior.

* Fontes: Aquapeixesbrasil.no.comunidades.net e aquarismopaulista.com.

* Foto: Animais.culturamix.com.

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