PÁSSARO PRETO

Postado por e arquivado em ANIMAIS DE COMPANHIA, PÁSSAROS.

Encontrado em todo o Brasil, pelo país afora também é conhecido como Graúna, Chico-preto, Arranca-milho, Chopim, Chupim, Chupão, Assum-preto, Cupido, Melro e Craúna. Apesar de seu nome científico, Gnorimopsar Chopi, este pássaro não é o Chupim ou Chopim (Molothrus Bonariensis). No Nordeste ocorre a Graúna (Gnorimopsar Chopi Sulcirostris), sendo bem maior que o Pássaro Preto. Diferentemente de outras espécies da mesma família, ele não parasita o ninho de outras aves para que estes choquem seus ovos e criem seus filhotes. É comumente encontrado em áreas agrícolas, buritizais, pinheirais, pastagens e áreas pantanosas, plantações com árvores isoladas ou mortas e remanescentes da mata. Sua presença está fortemente associada a palmeiras, vivendo em grupos pequenos e barulhentos, sendo muito sociáveis.

Mede entre 21 a 26 centímetros de comprimento, tendo o corpo totalmente negro, inclusive pernas, bico, olhos e penas, o que lhe rendeu o seu nome popular. Os machos costumam ter as penas negras num tom metálico, enquanto fêmeas são mais foscas. Os filhotes e os jovens não possuem penas perto dos olhos. Quando adultos tornam-se um dos pássaros canoros mais apreciados do país. A fêmea também tem costume de cantar. Na natureza vive em média 5 anos, e em cativeiro pode ultrapassar os 15 anos.

Ele é onívoro, ou seja, come praticamente de tudo, como frutos, sementes, insetos, aranhas e outros pequenos invertebrados. Um dos alimentos preferidos são os cocos maduros da palmeira buriti. É um pássaro muito inteligente, sendo flagrado “cavando” a procura de sementes de milho que acabaram de ser plantadas. Muito sociável e companheiro, vive em grupos bastante barulhentos. No final da tarde, para dormir, reúnem-se entre as folhagens de uma árvore isolada.

Na natureza faz seu ninho em árvores ocas, troncos de palmeiras, ninhos de pica-pau, em mourões, dentro do penacho de coqueiros, nas densas copas dos pinheiros, em ninhos vazios de João-de-barro, ocupa buracos em barrancos e cupinzeiros terrestres. Às vezes, faz um ninho aberto, situado em uma forquilha de um galho distante do tronco, numa árvore densa e alta. Com cerca de 1 ano e meio ele estará apto para reproduzir.

Não é tão simples formar casais em cativeiro, sendo que eles se adaptam melhor em viveiros arborizados com pelo menos 1 metro de largura por 2 de altura e 3 de profundidade. Você poderá utilizar ninhos de madeira, com 15 centímetros de comprimento por 15 de largura e 15 de profundidade. Durante a época de acasalamento tornam-se muito territorialistas. Cada ninhada terá de 3 a 4 ovos, sendo que ele é capaz de se reproduzir por 2 ou 3 vezes no ano. A fêmea chocará os ovos por 18 dias e contará com a ajuda do macho para cuidados dos filhotes. Fora do período de reprodução, usam-se gaiolas grandes, deixando o pássaro em espaço confortável.

Um dos pássaros brasileiros de voz mais melodiosa, uma das primeiras aves diurnas a iniciar a cantoria matinal. Muitas vezes, ainda escuro inicia o seu canto característico e alto, formado por uma sequência de assobios agudos entremeados de notas mais baixas. Uma ave responde à outra e esse canto toma de assalto a área onde estão. Ao longo do dia, seguem cantando e, mesmo nas horas mais quentes, é comum vê-las, pousadas, em longas cantorias.

Em cativeiro é capaz de aprender pequenos truques e reconhecer os membros da família, aceitando carinhos e respondendo aos chamados com seu belo canto. Deve, porém, ser treinado aos poucos, pois assusta-se facilmente e um trauma poderá torná-lo medroso e arredio. Uma vez que se sinta seguro no meio em que vive, e acostumada com o dono, aproxima sua cabeça junto as barras da gaiola solicitando um afago ou cafuné.

* Fontes: Casadospassaros.net e clubedocriador.com.

* Foto: Br.pinterest.com.

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