Tivemos o grato prazer de fazer uma visita ao Hospital Regional Antônio Dias¹, desta cidade, correndo todas as suas dependências e examinando a distribuição dos seus bons serviços.
A impressão que qualquer pessoa recolhe de uma visita à benemérita instituição é de que está aparelhada de molde a atender a todos os fins para que foi criada.
É admirável a sensação de ordem e de respeito que ali se tem. Parece que, mal se entra o seu largo portão, e a gente vai se penetrando de uma espécie de espírito religioso, de uma necessidade interior de silêncio respeitoso. E os próprios passos se tornam cautelosos, como dados por quem não deseja perturbar uma grande paz ambiente.
Percorrendo os quartos de doentes internados, as salas de operações e aparelhos, as enfermarias gerais e todas as mais dependências do hospital, recolhendo dados e examinando os serviços que realiza e os que já têm feito, pode-se concluir, sem exagero, pela sua indiscutível eficiência e utilidade.
Esta região deve já grandes e assinalados benefícios ao nosso hospital, a cuja frente se encontra a figura completa de médico ilustre e abalizado cirurgião que é o Dr. Paulo do Prado Brandão, seu diretor.
* 1: A solenidade de inauguração do Hospital Regional teve início às 13:00 horas do dia 18 de julho de 1930. Antes fora habilmente resolvido um problema: queriam os patenses que o Hospital tivesse o nome de Olegário Dias Maciel (presente no ato). Este recusou terminantemente. Foi, então, escolhido o nome de seu pai, Antônio Dias Maciel, o Barão de Araguari. Ante o respeitoso silêncio do Presidente, prevaleceu a sugestão. A História só não contou porque a ausência do “Maciel”.
* Fonte e foto: Jornal Folha de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH)A do Unipam.
