SUGESTÃO PARA O PLANTIO DE MAMONA EM 1936

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TEXTO: ERASMO DIAS MACIEL (1936)

Com o desenvolvimento da aviação mundial tende a aumentar o consumo de óleo de mamona. É ele usado nos aviões, porque tem a propriedade de não congelar nas grandes alturas, ao passo que os outros óleos se congelam. E além disto entra na composição de muitos outros óleos finos. Tem ele, portanto, muita importância hoje em dia.

O clima do município, assim como as terras são ótimas para o seu plantio. E tem-se observado que os solos mais cultivados produzem as sementes mais ricas em óleo, as quais são mais pesadas e as melhores.

A produção por pé varia de 1 a 4 quilos, e pode ser plantado de 2 a 3 metro sem triângulo eqüilátero. Mas, quando o indivíduo tiver de 0,60 a 1 metro de altura é preciso cortar a guia ou broto terminal para evitar que o pé cresça muito. Procedendo assim obtêm-se a um pé baixo e, portanto, com maior número de cachos.

A colheita faz-se à medida que for amadurecendo, logo que os cachos se tornem escuros ou quando abrir uma baga.

A cultura da mamona é, pois, muito convidativa pelo preço que ela está alcançando. Atualmente estão pagando a 400 réis o quilo, e esta cotação tende a aumentar, por que há muito consumo.

Aconselha-se, portanto, aos lavradores de Patos o plantio da mamona em grande escala, porque é um produto agrícola de muita procura.

* Fonte: Texto publicado com o título “O Plantio de Mamona” na edição de 21 de novembro de 1936 do jornal Folha de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Embrapa.

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