AGAPORNIS

Postado por e arquivado em ANIMAIS DE COMPANHIA, PÁSSAROS.

O Agapornis pertence ao gênero de aves psitaciformes. São típicos periquitos, com tamanho entre 14 e 16 cm e podendo chegar aos 15 anos de vida. E como todo psitacídeo, é barulhento, ativo tanto na natureza quanto no cativeiro e muito apegado aos humanos. É originário da África, onde vive em regiões secas relativamente arborizadas. Vive em pequenos bandos, alimentam-se essencialmente de frutas, vegetais, ervas e sementes.

Segundo alguns pesquisadores, o pássaro foi descoberto no ano de 1793, no entanto, só em meados de 1860 algumas aves selvagens de cor verde foram levadas para a Europa. Daí em diante, passou a ser um dos periquitos mais conhecidos do mundo. A palavra Agapornis tem origem no grego e significa “pássaro do amor“, pois segundo uma lenda, estes pássaros formam casais inseparáveis e na morte de um deles, o outro não se acasala mais. No entanto, a experiência dos criadores demonstra que a realidade é outra, pois vários casais podem ser trocados sem problemas, muitas vezes com o objetivo de melhorar o padrão de cores ou o porte desta ave. O certo é que não gostam de viver sozinhos, por isso o ideal é sempre ter, no mínimo, um par.

Para quem deseja tê-lo como ave de companhia, sua criação não apresenta dificuldades. Pode ser criado em gaiola, em aviário ou até mesmo ao ar livre. No caso de gaiola ou aviário, estes devem ser feitos de um material resistente aos bicos das aves, assim como comedouro, bebedouro ou qualquer acessório. Como ele gosta de voar e fazer acrobacias, o melhor é uma gaiola mais alta que larga, posicionada sempre num local abrigado de ventos e da incidência direta do sol.

Só é aconselhável fazer uma criação após o primeiro ano de vida da ave. O Agapornis constrói seu ninho com fitas de palmeira que são destruídos com o seu forte bico. As fêmeas podem pôr entre três a cinco ovos, que chocam durante 21 dias, aproximadamente. As crias só começam a apresentar plumagem um mês e meio após saírem dos ovos. A fêmea pode ter várias posturas por ano, mas deve ser evitado mais do que 3 no mesmo ano. Nesta fase, não é recomendável mexer no ninho, pois muitas fêmeas podem deixar de chocar os ovos por causa da mudança do cheiro.

Até certa idade os pais alimentam as crias. Assim que as penas terminam de nascer eles começam a se alimentar sozinhos. Às vezes é necessário um estimulo, mas normalmente eles começam a pegar a alimentação sozinhos. Algumas vezes, após o nascimento das crias, os pais podem apresentar um comportamento mais agressivo, sendo apropriado retirar as crias quando isso ocorrer. Quando se tornam independentes, há uma grande probabilidade das crias serem rejeitadas, e neste caso, também devem ser separados, assim que possível. Um fator comum nesta espécie são as mutações, tornando-se difícil descobrir uma ave com a plumagem original. Há mais de 40 tipos de cores diferentes reconhecidas.

De maneira geral, os Agapornis vivem bem em conjunto, com algumas lutas ocasionais, mas que nunca chega a ser nada mais sério. Podem ser criados com outras espécies de periquitos, mas não convém juntar com aves menores ou mais frágeis. Nunca se deve juntar uma ave inadvertidamente em uma gaiola que já tenha outro animal instalado, já que a nova ave poderá ser vista como um ser estranho e vai ser tratada como tal pelo Agapornis já existente na gaiola. Para evitar tal situação, o melhor a fazer é colocar as aves em gaiolas diferentes durante algum tempo, aproximando as gaiolas o maior tempo possível, para acostumá-las uma com a outra.

A alimentação deve ser feita com uma mistura de sementes com suplementos nutricionais, encontrada no comércio. É importante um complemento com frutas (maçã, laranja, banana, goiaba) e legumes (espinafre, jiló, milho verde, agrião, cenoura, couve, chicória, chuchu, brócolis). Durante a fase de reprodução, as fêmeas devem ter à disposição alimentos à base de ovos cozidos (há produtos prontos no comércio). Uma boa dica é o osso de siba para eles desgastarem o bico, além do que é uma excelente fonte de minerais, principalmente cálcio.

O Agapornis gosta muito de tomar banho, de maneira que as aves criadas em ambiente fechado devem ter facilidade para tomar banho regularmente, mesmo nos meses de inverno, e, caso não o possam fazer, devem ser borrifadas com um borrifador de plantas. O cuidado com o banho deve ser mantido principalmente nos meses de verão.

* Fontes: Wikipédia, Agapornis-macedo.com; Bichosbrasil.com.

* Foto: Agapornisbrasilia.blogspot.com.

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