AUGUSTO FERREIRA DA CUNHA & MARIA APARECIDA CAIXETA DA CUNHA

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CLARETNascidos no mesmo dia e mês, 03 de abril, ele em 1912 e ela em 1917, vieram a conhecer-se dentro de uma igreja, assistindo à missa. Augusto nasceu em Porto Real (MG), filho primogênito do capitão José Reis da Cunha e Marieta Augusta da Cunha. Maria Aparecida era natural de Estrela do Sul (MG), filha de Rita Caixeta. Os dois vieram ainda crianças para Patos de Minas, ele no mesmo ano de seu nascimento, trazendo o nome do avô, cujas raízes familiares teriam origem no século 17, quando da colonização de Minas Gerais. Seus pais estabeleceram profundos laços de amizade com a sociedade local e suas atividades voltavam-se para a pecuária, fato que veio influenciar a formação de Augusto Cunha, transformando-se em “boiadeiro” afamado no circuito Patos/Montes Claros e Patos/Barretos.

Maria Aparecida, que aqui chegou acompanhada da mãe e irmã, destacou-se sempre pela nobreza de gestos, e era considerada a “menina dos olhos” de José Rangel, empresário famoso em sua época e cujo nome foi dado ao nosso Terminal Rodoviário. Indicada por José Rangel, Maria Aparecida foi a primeira mulher a trabalhar em um estabelecimento bancário em Patos de Minas, no então Banco Hipotecário.

Augusto e Aparecida casaram-se em 31 de maio de 1931 e tiveram nove filhos. Católicos fervorosos, são ainda lembrados como o casal de velhinhos que assistia diariamente à Santa Missa na Catedral, onde chegavam de mãos dadas e demonstrando a todos que o verdadeiro amor não acaba com o passar do tempo.

Vieram a falecer no mês de julho, ela em 1992, no dia 07, e ele em 1994, no dia 09, mas a idade não os envelheceu, assim como também a imensa saudade da beleza dos seus gestos, da doçura de seus carinhos, da grandeza do amor de ambos para com o próximo, da firmeza da fé que tinham, do exemplo de coragem que transmitiam, da mansidão de uma sabedoria que garantiu ao casal a união de sua família.

* Fonte: Texto publicado na edição n.º 08 do jornal O Tablóide de 16 de agosto de 1996, do arquivo de Fernando Kitzinger Dannemann.

* Foto: Arquivo de Antônio Claret Caixeta da Cunha.

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