MODESTO DE MELLO RIBEIRO: FALECIMENTO

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MODESTONesta cidade, em sua residencia, ás 7 horas da manhã do dia 21, sabbado, falleceu o Prof. Modesto, tendo toda Patos, contristada, recebido a infausta e inesperada noticia.

A morte arrancara-o de nosso convivio, apesar dos recursos da medicina, que em vão quiz poupar-lhe a existencia.

Homem simples e bom, modesto ao extremo, o Prof. Modesto casou-se nesta cidade com D. Honorina de Amorim e aqui creou numerosa familia, radicando-se de alma e coração á terra em que nasceram seus filhos.

Prof. de uma grande geração de moços, a contar dos homens de 49 para cá, Modesto de Mello Ribeiro foi nomeado director do Grupo Escolar “Marcolino de Barros”, onde se mostrou o mesmo homem carinhoso e dedicado á causa do ensino, o mesmo batalhador incansável de sempre.

Conseguiu, ha pouco, sua aposentadoria depois de ter leccionado mais de 35 anos, numa labuta insana que muito concorreu para envelhecer o estimado professor.

O enterramento do inolvidavel morto se realisou no dia seguinte, ás 8 horas da manhã, depois da missa de corpo presente, celebrada pelo seu grande amigo Conego M. Fleury Curado, vigario desta parochia.

Foi uma multidão numerosa a que acompanhou, até o cemiterio, os restos mortaes daquelle que foi um exemplar filho, optimo pae de familia e um cidadão dos que mais procuraram engrandecer sua Patria, emprestando-lhe, com sacrificio de sua saúde, a mais assidua das colaborações, na tarefa espinhosa de professor e de verdadeiro educador.

Filho do Sr. João Soares, fallecido, e de D. Maria Porciuncula, residente em Patrocinio, Modesto de Mello Ribeiro deixa viuva D. Honorina de Amorim Ribeiro e os seguintes filhos: Srta. Cecilia de Mello Ribeiro, Srs. Lazaro de Mello Ribeiro, Mario de Mello Ribeiro, Srtas. Maria de Mello Ribeiro, Sylvia de Mello Ribeiro, Srs. José Olavo Ribeiro, Modesto de Mello Ribeiro Junior, Wagner Ribeiro, Waldemar Ribeiro, Lico e Rubico.

A’ hora de descer á sepultura o feretro do Prof. Modesto, usou da palavra um dos seus antigos […] que pronunciou um commovido discurso, que enalteceu as peregrinas qualidades do extincto, dizendo da grande perda, da grande lacuna que se abria no nosso meio social, com o desapparecimento d’aquelle que, em vida, soube cumprir seu dever.

A’ familia do Prof. Modesto, á viuva D. Honorina e a todos filhos os nossos sentidos pêsames.

* Fonte: Texto publicado na edição de 29 de setembro de 1929 do jornal Gazeta de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Do livro Domínio de Pecuários e Enxadachins, de Geraldo Fonseca.

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