CONTINUA MORTANDADE DE PEIXES NO RIO PARANAÍBA EM 1996

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PEIXESA CADA DIA CRESCE O NÚMERO DE PEIXES BOIANDO NAS ÁGUAS DO RIO

As autoridades responsáveis pelo meio ambiente ainda não sabem as causas da mortandade de peixes que vem ocorrendo no Rio Paranaíba. A cada dia é maior o número de cascudos, piaus e papa-terras encontrados mortos boiando nas águas do rio. Segundo informações do sargento Xavier, da assessoria de comunicação da Polícia Florestal de Patos de Minas, uma equipe recolheu amostras da água e dos pescados, sendo que todo material foi enviado à FEAM – Fundação Estadual do Meio Ambiente, mas até a última terça-feira, nenhum resultado havia sido apresentado pelo órgão. O policial afirma também, que coincidentemente, as mortes de peixes no Paranaíba sempre ocorrem entre maio e julho, meses em que acontecessem as colheitas das safras localizadas as margens do rio. Isto leva a crer que os peixes são mortos por descargas de agrotóxicos.

Diante da falta de informações concretas sobre as análises das amostras, a Polícia Florestal está emitindo cópias das ocorrências para o Ministério Público Curador do Meio Ambiente. Ainda de acordo com a Polícia Florestal, a instituição vem fazendo uma campanha junto às famílias ribeirinhas para que ninguém consuma os peixes encontrados mortos nas margens do rio Paranaíba. Desde 1990 este tipo de desastre ecológico vem sendo registrado na região. Até hoje, ninguém ainda foi punido por comprometer o ecossistema do Rio Paranaíba, apesar das inúmeras denúncias feitas junto aos órgãos de defesa do meio ambiente.

* Fonte: Texto publicado na edição de 30 de agosto de 1996 do jornal Diga Agora, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Ponte antiga do Rio Paranaíba, do Showmystreet.

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