BOTA LUZ NA CAPIVARA, JURANDY!

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HISTORIAS DE PESCADOR - MURALJOIA.COMInício da década de 1970. Pescava o Jurandy da Capivara, no melhor estilo, lá na Prata. O dia não estava ruim. Mas, a certa hora, o motor da lancha pifou. Não quis pegar, nem a custa das pragas do Preto. Afinal, Jurandy é também entendido de motor de lancha. Peleja daqui, peleja dali, eis que o motor resolve dar partida, numa aceleração desabrida. Os próprios companheiros do pescador-mecânico tiveram um susto danado na explosão do bicho. Mas, o importante foi isto: um dourado de 7 quilos assustou-se também e deu um salto olímpico, vindo a cair dentro da lancha. Jurandy não sabia se acudia o motor ou o peixe. Diz ele que conseguiu controlar os dois.

Depois dessa, a turma lembrou que a Casa Capivara não tinha luz elétrica. Imagine-se a dificuldade para os fregueses: tinham de ser vagalume, ou coruja, ou morcego, ou trazer uma lanterna, pois não se enxergava nadinha, nadinha do que estava comprando. Era o Jurandy não querendo socar a mão no bolso para pagar a Cemig. Então, resolveram juntar um punhado de vagalumes, para, no dia seguinte, colocar lá na Capivara. Dito e feito. Em pouco tempo arrumaram tudo que foi vagalume: de meio volts até 5, havia em quantidade. Mas o Jurandy não gostou da brincadeira e furioso, correu com os vaga…bundos, bradando:

– Não preciso dessa porcariada, não! Eu vou acabar botando luz aqui na loja, só pra ficar livre dessa chateação. Moral da história: A Cemig é que vai lucrar.

* Fonte: Texto publicado na edição de 03 de dezembro de 1975 do Boletim Informativo, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Muraljoia.com.

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