MÁRIO CORDEIRO

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DSC01545No dia 15 de março último, faleceu em nossa cidade o venerando Dr. Mário Cordeiro, pai do presidente CL Márcio Guilherme Cordeiro. O extinto era filho de tradicional família mineira, natural do Serro-MG. Filho de Juiz de Direito, Dr. Manoel de Freitas Cordeiro e de d. Fetrina Rabelo Cordeiro. Fez seus estudos iniciais no Seminário de Diamantina, onde teve por colega o ilustre presidente Juscelino Kubtschek de Oliveira; e do saudoso D. José André Coimbra. Estudou no Colégio Arnaldo de BH e fez seu curso de farmácia na Escola de Medicina de Minas Gerais.

Há mais de 25 anos, o Dr. Mário Cordeiro escolheu para se estabelecer com sua farmácia a cidade de Patos de Minas, que ele tanto amou.

Deixou viúva a sra. Sylvia de Vasconcelos Cordeiro e os filhos, Márcio, Maria do Carmo e Mário Cordeiro Filho, casados, respectivamente, com Elvira, Wanderley Nunes e Elande, e netos: Carmem Silva, casada com Otaviano Marques, José Mário (hoje no Iraque na Mendes Junior), Vander Antônio, Elder, Gorete casada com Sérgio, Leonardo e Aline, e ainda bisnetos: Sílvio Otávio, Gustavo e Ebert.

O passamento do Dr. Mário Cordeiro que era também do mais alto grau da Maçonaria “Amor e Justiça” de Patos de Minas, foi realmente muito sentido pelos seus amigos e no seu enterro foi pronunciado o seguinte discurso pelo Dr. Dirceu Deocleciano Pacheco, irmão maçom:

“Bom seria, respeitável irmão Mário Cordeiro, que estivéssemos agora, reunidos em torno de sua pessoa, na plenitude de sua vida, para fazermos juntos a exaltação de suas virtudes.

Assalta-nos o receio de faltar-nos a voz, consumida pela emoção do momento, quando reunidos à volta de seu corpo inanimado, que dentro em pouco retornará ao pó de onde procedeste e do qual, o espírito já se foi para o Pai que o criou, mas não podemos porém, deixar fugir-nos esta última oportunidade, de na sua presença corpórea, aplaudirmos a sua vida.

Iniciando em 04/06/51, na Loja Maçônica “União Carmelitana”, da vizinha Monte Carmelo, transferiu-se para esta cidade. Integrando-se em 01/03/55, ao quadro da “Amor e Justiça 3.º”, a qual, haveria de consumir uma boa parte de seus dias.

Sua condição de excelente esposo e extremado pai e amigo, transpuseram-no às colunas da Maçonaria, fazendo-o igualmente, um exemplo de Maçon.

Sua têmpera de aço e sua energia, que o fizeram um homem de bons costumes, inimigo dos vícios, da licenciosidade e da displicência (a cujos adeptos, você com muita ênfase, rotulava de relapsos), fizeram-no também, um lutador, um bravo, que por excesso de zelo e amor, chegava às vezes, ao extremo da intransigência.

Mas seus familiares, seus amigos e muito especialmente seus irmão maçons e sua Loja querida, foram uma constante em sua vida e ocuparam sua mente até os últimos momentos de lucidez que lhe restaram. Era a demonstração mais pura, do amor e da amizade que o ligavam àqueles, com os quais você convivera.

Seus exemplos de honradez, de lealdade, de coragem e de firmeza de caráter, haverão de refletir através dos tempos para todos quantos o conheceram e neles, haveremos de nos mirar. As Lojas “União Carmelitana” e “Amor e Justiça 3.ª”, haverão de se orgulhar sempre, de ter contado em seus quadros, com um elemento de seu valor.

Reportando-nos ao Livro Sagrado, no qual se inspira a sua amada Maçonaria, encontramos as palavras de dor proferidas pelo grande rei Davi, diante do túmulo do guerreiro Abner:
“Não sabeis que hoje caiu em Israel um príncipe e um grande homem?” (II Sam. 3:28).

É exatamente isto, respeitável e prezado irmão Mário Cordeiro, que queremos lhe dizer, embora você não possa ouvir, mas para que ouçam aqueles que o cercaram durante a sua longa vida e isto, nos conforta.

HOJE, CAIU ENTRE NÓS UM GRANDE HOMEM”.

Assim, o nosso jornal registra o fato e lamenta ao mesmo tempo a perda do amigo do todos os leões do Lions Clube de Patos de Minas – Centro.

* Fonte e foto: Texto publicado com o título “… Caiu Entre Nós um Grande Homem…” na edição de abril/maio de 1982 do jornal O Patureba, do arquivo do Laboratório de História do Unipam.

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